Remédios para o hospital

Quando Oda Kimiko, chegou em casa, cansada de um dia de trabalho no hospital, logo foi recebida por seu marido, que estava fazendo o jantar. Taichi, seu filho, explodia pelo corredor e entrava na cozinha. O abraço apertado dele era o melhor remédio para sua dor de cabeça. Logo Torashi anuncia que o jantar vai ser servido e os três sentam-se para comer a refeição preparada pelo patriarca. Quando todos estavam, satisfeitos aproveitando a conversa sobre o hospital a mulher lembra-se de um assunto. Vai rapidamente até a sua bolsa e fala.

— Tai, me pediram para te entregar essa missão. — Falava a mulher esticando a mão com um pergaminho nela.

— Uma missão? Porque a entregaram para você? — Perguntava o pai. Enquanto Taichi se concentrava em abrir e ler o pergaminho.

— Como eu falei, os medicamentos estão escassos, mas vai chegar um carregamento novo, muito provável que seja em relação a isso. Estou correta?

— Sim, um carregamento chegou hoje a tarde, mas eles não deixaram no hospital. Tenho que carregar as caixas para o hospital.

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Era cedo, o sol tinha acabado de nascer, Tai tinha acordado mais cedo ainda. A companhia que tinha sido contratada para transportar os medicamentos tinham colocados eles num galpão dez minutos distante do hospital, talvez eles tenham se confundido, afinal aquele galpão era usado como uma extensão do hospital em tempos de crise. Haviam muitas caixas, eram no mínimo trinta caixas.

Taichi decidiu que seria mais fácil se ele levasse aquelas que continham gazes, algodão, ataduras e bandagens. Eram as caixas mais leves e mais fáceis de se carregar. Como ainda era cedo, havia poucos locais abertos e menos pessoas passando pela rua. Não foi difícil trazer as primeiras três caixas. eras eras leves o suficiente para serem carregadas uma em cima da outra. Quando chegou no hospital havia uma mulher vestida em branco que veio falar com Tai.

— Bom dia, estes são os suprimentos que nós estávamos esperando? — Sua voz era suave e gentil.

— Sim, onde eu posso colocar?

— Você pode deixar dois desses aqui na frente, eu mesma levo pra ala de emergência, mas as outras você pode levar para o almoxarifado, ele fica ali. — Ela apontava uma sala nos fundos e pegava as duas caixas de cima e entrava novamente. Quando Taichi estava voltando ela o parou novamente. — Você pode trazer agora uma caixa de anti-inflamatórios? — Tai somente acenou com a cabeça e a mulher abriu um sorriso.

Era uma caminhada de dez minutos até o galpão e agora já haviam mais pessoas na rua. O garoto procurou pela caixa de anti-inflamatórios, mas não conseguiu identificar de primeira. Então ele teve que retirar algumas caixas, elas estavam no fundo e assim que conseguiu tirar a primeira colocou mais caixas em cima e carregou até o hospital.

— Obrigado. — Falou a mulher pegando a caixa e levando para um lado do hospital.

Taichi entrava no almoxarifado e colocava as caixas separadas em lugares diferentes de acordo com a utilidade e as cores do símbolo da caixa. Quando ele chegava para entregar as últimas caixas Taichi encontrava seu pai indo para a recepção. Ele colocou as últimas caixas e voltou rapidamente para encontrá-lo.

— Entregue pra ela esse Bentō, senhorita Hagane, ela esqueceu de trazer hoje.

— Claro senhor Oda, eu entregarei. A doutora tem uma sorte de ter um marido tão bom a na cozinha.

— Que nada, isso é o mínimo que eu posso fazer. E você vai pra casa agora?

— Não pai, eu ainda tenho que reportar o término da missão.

— Pai? Espera ele é o seu filho? — Respondia a mulher surpresa.

— Sim. Tchau pai te vejo em casa. — Respondeu normalmente a mulher e saiu do hospital em direção ao prédio do hokage, para entregar a missão e fazer o relatório.

Post Office

O pergaminho havia chegado na tarde do dia anterior, Taichi estava no seu quarto como na maioria dos dias quando o corvo bateu em sua janela. Eram apenas quatros horas da manhã e ele já estava de pé, na frente do correio da vila. A maioria das missões chegavam por aves mandadas pela própria vila, mas as cartas e encomendas normais chegavam por meio do correio e ultimamente a grande quantidade de encomendas e cartas havia sobrecarregado o homem.

— Olá. Bom dia. — Falava o garoto adentrando o local. Havia um homem alto e magro dentro que se assustou com a presença do garoto e cair no chão. Ele tinha óculos grossos e sardas embaixo dos olhos.

— O...olá. bom dia. — Falava ele hesitante.

— Tudo bem? Está machucado?

— Não. Quer dizer. Não, está tudo bem. — O homem murmurava algo sobre ser atrapalhado o que fez Taichi rir.

— Meu nome é Oda Taichi. Eu vim ajudar com as cartas.

— Claro! Me desculpe. Eu sou Kagami Touta. Muito prazer.

— Onde estão as cartas?

— Por favor venha comigo.

O homem levou Tai para um quarto nos fundos onde havia uma montanha de cartas. Ele explicou para o garoto que  número de cartas que estavam chegando era muito maior que o normal e que ele não estava dando conta de entregar tudo de forma correta. Por isso que ele estava dando prioridades às encomendas urgentes e de jounins acima, mas o atraso estava ficando cada vez pior e agora ele pediu ajuda para entregar tudo.

Os dois logo começaram a trabalhar. Primeiro começaram separando as cartas por áreas. Norte, sul, leste e oeste. Depois separando cada àrea entre cartas e encomendas. Touta apontou que seria melhor que Taichi ficasse encarregado das encomendas por conta de sua natureza desastrosa. A primeira parte foi a área norte, que havia a maior quantidade de cartas

Apesar de ter uma quantidade de cartas maior que a de encomendas Ainda haviam várias encomendas acumuladas, haviam pacotes que estavam esperando para ser entregues a três semanas. Os dois decidiram então separar-se, cada um entregando nos destinatários seria a forma mais rápida de cumprir a missão. A velocidade que Touta tinha para correr e entregar era imensa e até impressionou o genin, que se sentiu obrigado a apressar o passo.

Claramente Taichi terminou de entregar as encomendas mais rápido que Touta, que sinalizou para o garoto voltar para o correio e continuar as entregas. Tai não demorou mais que um segundo para obedecer as ordens do homem. apesar da aparência e da forma desengonçada ele tinha bons atributos.

Touta alcançou o genin enquanto estava entregando as cartas da região leste, que tinha muitas encomendas. Eles deixaram a região oeste e sul por último pois eram as que tinham menos concentração de cartas. Já eram seis e meia da manhã e a barriga de Taichi Já estava roncando, implorando por comida, mas ainda tinha que entregar muitos pacotes.

O jovem entregou a última encomenda exatamente às sete e quarenta e três. Ele sentia como se sua barriga fosse comer a própria carne. Quando Touta o liberou ele correu, como nunca havia corrido antes. Chegou em casa e havia um bilhete do seu pai. “Esquente o café-da-manhã, está na pia.” Assim que o garoto comeu sua comida e estava cheio, se dirigiu tranquilamente para o prédio do hokage, não havia mais pressa, ele podia reportar o trabalho agora.

Flower Power

— Eu vou deixar a chave nesta segunda gaveta, Taichi-kun. Eu volto por volta das cinco da tarde.

— Tudo bem Hana-san, Não se preocupe.

— Também deixei algumas instruções no balcão caso você fique perdido.

— Muito obrigado, Tchau.

O garoto respondeu para a mulher que saía pela porta da floricultura, enquanto colocava o avental branco. Tinha recebido uma missão para cuidar da floricultura da Hana, ela tinha se tornado uma ninja médica e finalmente tinha sido integrada ao corpo de funcionários do hospital da vila. Contudo os plantões e a carga horária era pesado o que a forçou a deixar a floricultura de lado. Coisa que a deixou triste, mas também as pessoas do bairro. eles tinham o costume de passar lá para comprar uma flor ou duas, seja para enfeitar sua roupa ou cabelo, ou somente para sentir o perfume. Então não foi uma surpresa quando ela pediu ajuda para a vila para mandar alguém para cuidar do lugar enquanto ela não arranjava um funcionário permanente

Realmente eram lindas e muito perfumadas. Então assim que abriu as portas do lugar, Tai voltou para trás do balcão e começou a ler as anotações que a mulher havia deixado para ele. Havia vários desenhos fofos feitos por Hana para deixar a coisa mais fofa e lúdica.

1. As plantas estão organizadas em três tipos de acordo com as estantes que estão. a primeira é de flores aromáticas, a segunda de flores ornamentais e a terceira de plantas medicinais.
   
   
   
2. Taichi-kun se alguém pedir algum tipo de bouquet não se esqueça de misturar as coisas, em um bouquet bonito, coloque uma flor aromática e vice versa, isso deixa as coisas mais equilibradas. A não ser que o cliente peça por algo específico.
   
   
3. As plantas medicinais tem placas do lado de cada uma delas falando quais seus nomes e alguns usos para elas, eu espero que você não fique perdido.
   
   
4. Na sala do fundo tem algumas mudas, todas elas tem um preço colado, se alguém quiser comprar algo para plantar em casa é lá que você deve pegar.
   
   
5. Boa sorte. Taichi-kun!
   
   
6. PS. Se a Senhorita Higumi ou Fukio pedirem uma coroa de flores tem um manual na gaveta de cima.
   

— Olá? — Taichi ouvia a voz vinda da porta.

— Seja bem vinda. —  Falava Taichi levantando-se e indo até a pessoa. Eram duas mulheres, deveriam ter por volta dos trinta anos. — Em que posso ajudá-las?

— Que educado. Você é o novo funcionário da Hana-san? — Falava a mulher de cabelos negros, tinha uma bela pele e uma sombra amarelada nos olhos.

— Não senhora, estou apenas aqui por hoje.

— Está fazendo uma missão então? Bem só estou feliz que ele lugar tenha reaberto e bem na hora. — Falava a loira. Ela tinha uma maquiagem mais rosada.

— Sim, estou em missão.

— Então garotinho, estamos indo para um chá na casa da Senhorita Esumi. Por isso precisamos de Enfeites para a completar a nossa roupa, eu quase cortei uma das flores do meu jardim, mas quando soube que a floricultura reabriu. Oh, desculpe eu sou Tachibana Fukio e esta é Aichi Higumi.

— Eu estava pensando em uma típica coroa de rosas. O que acha Fukio?

— Eu acho que não combinaria com a sua roupa, Acho que as begônias ficariam melhores. — Falava Fukio chegando perto das flores rosadas — O que acha…

— Desculpe. Taichi. Oda Taichi. E também acho que ficariam muito bonitas. — A mulher se aproximou das flores e decidiu fazê-lo.

Enquanto Taichi pegou algumas flores e foi para trás do balcão. Seguindo o tutorial que Hana tinha deixado para ele.quando saiu. Ele estava conseguindo fazer, mas estava tendo um cuidado extra para não quebrar o talo ou esmagar as flores. Quando terminou a outra mulher deu para Taichi algumas margaridas, Álissos que tinham um cheiro doce de mel e algumas gardênias. Ele fez uma outra coroa agora com mais prática, as mulheres estavam elétricas, colocaram na cabeça e admiraram-se no espelho por alguns segundos. Taichi parecia ter feito um bom trabalho. As mulheres pagaram e saíram com suas coroas em mãos, não queriam estragar as flores no caminho até a casa da senhorita Esumi.

Muitos outros clientes vieram até a floricultura, até mesmo um homem que tinha chegado às quatro e quarenta e cinco da tarde, vinte minutos antes de fechar para comprar um bouquet de rosas vermelhas para um encontro. Por quinze minutos ele não encontra a loja fechada. Quando Hana chegou haviam passado cinco minutos da tarde e quando Taichi devolveu a chave a mulher confeccionou um bouquet rápido para a mãe de Taichi com jasmins e agapantos, que não preciso dizer que ela adorou.