No coração de Kirigakure repousa um templo de curandeiros. Embora não seja uma prática comum entre os ninjas da névoa, muitos são os que procuram as artes da cura. As paredes de rocha sólida e cinza, cobertas de musgo, erguem-se em meio a névoa; uma fortaleza fantasmagórica contrastando com a metrópole que a Névoa se tornou.

[1] Vá em busca do seu iryo-nin.
[2] Post: 1/10.

Spoiler:

Ele abaixou o capuz sobre sua cabeça, conforme seus passos abafados se perdiam em meio a branquidão da névoa que abraçava a vila de forma maternal. Suas convicções guiavam sua caminhada em direção ao seu objetivo imediato que, para a infelicidade da população mundial que guardava receio a despeito dos seguidores do ninshu, era uma estrada regada de sangue.

À sua frente, a escadaria subia em espiral, quase como se ilustrasse a infinita caminhada do ser humano para compreender sua existência e seu propósito no mundo, buscando sua sobrevivência em meio à seres que aparentavam ser muito mais preparados que ele mesmo para serem os donos do mundo. 

— Não é exatamente como esperava — Balbuciou, finalmente chegando a seu destino, sua voz ecoando rouca pela névoa que descortinava o que só podia ser considerado uma espécie de castelo.

Ele saltou, subindo pelas paredes até estar acima das ameias, deixando que fosse visto do pátio do lugar, seu sorriso excitado fazendo-se presente por baixo da sombra de sua capa.

• Kunai: 05
  
• Shuriken: 10
  
• Bomba de Fumaça: 01
  
• Bomba de Luz: 02
  
• Fio de Aço: 20m
  
• Pergaminho Pequeno: 01
  

Projetando-se das longas sombras lançadas por muros de pedra, um acólito surgiu, com um manto encapuzado cinza, escondendo-lhe o rosto e qualquer coisa que pudesse levar rente ao corpo. Olhou brevemente para o homem acima e voltou às sombras.
Outra figura projetou-se, esta mais robusta e com o capuz retraído, deixando o rosto totalmente a mostra: jovial, alto, de cabelos cobreados. Apenas fez um sinal com a mão, indicando que descesse, se aproximasse.

[1] ~
[2] Post: 2/10.

Spoiler:

Ergueu levemente a sobrancelha para o primeiro que seguiu silenciosamente para as sombras da qual todos faziam parte. Não se importou com a falta de atenção com que fora tratado, especialmente porque no lugar do monge teria feito o mesmo.

Quando o segundo lhe deu permissão para descer, ele escalou pelas pedras da mesma forma que fez para subir, juntando-se ao acólito robusto, usando as sombras para disfarçar sua forma junto a capa que usava. Só por segurança, retirou uma kunai negra de sua bolsa mantendo seus braços dentro da vestimenta.

Podia parecer uma preocupação desnecessária, mas se ele estivesse entre os acólitos, adoraria ter um novo corpo indefeso para estudar, ainda mais um que caminhava tão solenemente pelo pátio de sua instituição de pesquisa.

• Kunai: 05
  
• Shuriken: 10
  
• Bomba de Fumaça: 01
  
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• Fio de Aço: 20m
  
• Pergaminho Pequeno: 01
  

O que quer? Indagou rispidamente o ruivo; tinha profundos olhos cor de esmeralda, fitando com frieza aquele a sua frente. Mais atrás, nas sombras, outros acólitos espreitavam, observando.

[1] ~
[2] Post: 3/10.

Spoiler:

Olhou profundamente nos olho gélidos do ruivo, sem se importar com a hostilidade mergulhada nas íris safiras, ignorando a rispidez de sua resposta. Deu um passo para traz, avaliando bem aqueles que observavam o embate, como se anunciassem que tratavam-se apenas de quadjuvantes diante dos protagonistas no centro do pátio. 

- Vim aprender a arte de vocês. - Disse, sua voz rouca de desuso ecoando pelo pátio. - Ouvi dizer que são bons no que fazem.

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• Pergaminho Pequeno: 01
  

Bons, aquela pequena e breve palavra fizera um grande dano ao orgulho do homem.
Bons, você diz? Fez um sinal com a mão e um dos acólitos se aproximou, subindo a manga que cobria um dos braços. Meu nome é Haro, a propósito. Curvou-se em direção em direção ao acólito e lhe arrancou o braço esquerdo com um puxão; fez o mesmo com o direito logo em seguida. Eu posso curar até a morte, se quiser. Reatou ambos os braços de seu servo, fazendo-o abrir e fechar os dedos e movimenta-los em arco. Vê? É isso que deseja aprender?

[1] ~
[2] Post: 4/10.

Spoiler:

Um sorriso brotou nos lábios do garoto quando o monge retirou propositalmente os membros superiores de seu subordinado com uma facilidade invejável, embora esse sorriso tenha sumido quando foram devidamente restaurados, quase como se houvesse decepção em seu olhar. 

Yukio suspirou levemente, avaliando criticamente o reparo do ferimento que parecia milagrosamente no lugar, como se nunca tivesse saído. Impressionante, de fato. Era possível encobrir ferimentos que provavelmente levariam até uma arma do crime em um corpo desfalecido. Isso foi o que o interessou, não o fato de que poderia curar a morte, afinal, ela era sua aliada em sua empreitada.

— Aparentemente o subestimei, Haro. Estou pronto para aprender a desmembrar as pessoas com essa mesma facilidade. — Sorriu, sua voz subindo uma oitava de excitação. — E, talvez, curá-las!

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• Pergaminho Pequeno: 01
  

Haro dispensou as palavras vazias; dispensava tudo que não lhe era necessário. Atirou um punho em direção ao rosto do candidato a aprendiz, mirando seu nariz.
Pode começar curando isto. Use seu chakra. Retirou-se e fechou as portas do pátio, deixando Yukio a sós com o patio, sob a sombra das ameias.

[1] O golpe em si não foi dado pra causar reais danos, apenas para lhe dar o que curar.
[2] Post: 5/10.

Spoiler:

Yukio fora pego de surpresa. Os olhos lacrimejaram em resposta a dor aguda que se espalhou por sua consciência. Por reação automática, se ajoelhou, pressionando o ferimento com as duas mãos, a hemorragia abafando os xingamentos pesados que o shinbi tentou proferir.

Demorou para entender qual fora o propósito do ferimento, mas quando seu cérebro finalmente conseguiu desviar-se um pouco da dor e fazer com que as palavras desconexas em sua mente finalmente formassem a frase do monge. Chegou a aprovar a atitude, embora achasse que ele pegara leve, faria mais sentido colocar a vida dé seu suposto aprendiz entre a vida é a morte.

O garoto inspirou pela boca, lemvrando-se o que acontecia quando o nariz quebrava. A cartilagem. Era a cartilagem que tinha que curar.

Invocou seu chakra em suas mãos, ciente de que deveria ser nas suas mãos, que já estavam ocupadas tentando conter a hemorragia ou ao menos a dor.

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• Pergaminho Pequeno: 01
  

A calmaria continuava a reinar no pátio; exceto pelo garoto falhando miseravelmente em sua tarefa.

[1] Tente outra vez - e consiga.
[2] Post: 6/10.

Spoiler:

Haro voltou novamente ao pátio, abrindo bruscamente as portas e acompanhado por sua pequena guarnição de acólitos; ergueu o olhar para a ferida, examinando-a, como se pudesse toca-la com seus olhos. Relanceou para seus acólitos, recebendo rígidos acenos com a cabeça. Suspirou e girou nos calcanhares. Não é tão ruim. Siga-me.

A porta se abria para um lugar que era muito maior do que se podia prever olhando-o por fora, um templo de curandeiros todo esculpido em cristais e vidro. Belo de se contemplar. Altares ocupavam os flancos, logo abaixo de figuras em mármore representando aqueles que alcançaram os patamares mais altos nas artes da cura; ao centro uma pequena depressão se projetava, como se fosse uma lagoa, cercada por escadas. Ali, mais acólitos se encontravam, movendo suas mãos envoltas em chakra sobre corpos moribundos.

Você é digno de herdar parte de nossos conhecimentos, embora indigno de fazer parte de nossa ordem. Haro avançou desajeitadamente pelo piso de vidro — era corpulento demais para suas vestes, o que as deixavam agarradas em certas parte do corpo, lhe dificultando a locomoção —, na direção de um dos altares. Venha, aproxime-se.

[1] Apenas vá até o altar.
[2] Post: 7/10.

Spoiler:

Agora, disse, tocando a testa de Yukio, você recebeu o conhecimento das artes curativas, para me poupar a exaustiva tarefa de lhe ensinar tudo passo a passo. Arfou, como se o que tivesse feito até agora fosse mais exaustivo do que podia suportar. Indicou com o dedo o centro do local, na depressão onde outros acólitos praticavam.

[1] Vai lá.
[2] Post: 8/10.

Spoiler:

Não desaprovou a atitude arrogante de Haro. Afinal, ele mesmo se tivesse oportunidade agiria da mesma forma. 

Yukio havia recebido o conhecimento dosobre monges e agora precisavá descer até onde os acólitos executavam mais um de seus rituais estranhos. Voltaria aquele lugar algum dia, talvez quando se aposentasse...O pensamento fez o garoto gargalhar enquanto andava em direção ao local indicado. Sua vida não seria tão longe ou tranquila como a dos monges.

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• Pergaminho Pequeno: 01
  

Ao centro da depressão um corpo moribundo jazia em profunda agonia; o braço perdido fizera repousava ao seu lado, ainda pingando gotas rubras a partir do local que fora arrancado. Palavras não precisavam ser ditas, apenas o trabalho precisava ser feito.

[1] ~
[2] Post: 9/10.

Spoiler:

O shinobi avaliou a situação. Com o conhecimento adquirido pela transferência de conhecimento de Haro, Yukio já sabia o que fazer, mas o que mais lhe pesou foi o fato daquela vida não valer a pena para o shinobi.

Ele suspirou pesadamente, como se imitando seu professor? Mentor? Não sabia como do que chamar...

Tomou o braço do paciente sem muitos cuidados ou melindros, avaliou os ligamentos e se eram possíveis de serem ligados. Depois juntaria o membro ao corpo, concentrando chakra em suas mãos ativando o jitsu necessário, concentrando-se na regeneração dos tecidos um a um, até que ele tivesse plenamente recuperado.

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• Pergaminho Pequeno: 01
  

Haru apenas assentira com a cabeça, em resposta ao trabalho bem feito. Um dos acólitos ao seu lado apontou para a saída.

[1] ~
[2] Post: 10/10.

Spoiler:

Com um sorriso no canto do rosto, Yukio seguiu seu caminho, deixando para trás os acólitos anônimos de templo de curandeiros.

Do lado de fora, no terreno elevado, sua sombra se projetou sobre a vila era a prévia a de um demônio, que parecia prestes a engolir o mundo, embora aquele fosse apenas o primeiro passo. 

• Kunai: 05
  
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